
A 10ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul ouve nesta terça-feira (16) testemunhas de acusação no processo contra o motorista Ricardo José Neis, de 47 anos, que atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre e deixou 17 feridos.
Ao todo, 13 testemunhas devem ser ouvidas a partir das 9h30. É a segunda audiência do processo. Em maio, foram ouvidos os ciclistas, que foram atropelados na região central de Porto Alegre no final de fevereiro, quando faziam um passeio noturno. Ninguém morreu ou sofreu ferimentos graves.
Em abril, Neis, que responde em liberdade, afirmou ao Fantástico que agiu de "forma instintiva". “Eu nunca tive a intenção de provocar a morte dessas pessoas. Eu nem conhecia eles, não teria nenhuma razão para matá-los”, afirmou. “Eu só pensei que, se eu parasse, eu seria linchado. Minha única alternativa era sair dali”, disse.
O grupo, com cerca de 150 ciclistas, percorreu um trajeto pelo Centro de Porto Alegre. Eram 19h. Segundo o motorista, o grupo impediu sua passagem.
“Fecharam o trânsito e tomaram conta da rua ali. Eu parei o carro, alguns deles se atiraram para cima do capô, outros deram alguns socos. Eu fiquei bastante nervoso, e meu filho também. Então, eu procurei apaziguar. Baixei o vidro, disse para eles que não precisavam fazer daquela maneira, porque havia lugar para todo mundo na via”, afirmou Neis na entrevista.
Às 19h10, Neis saiu em disparada. Imagens mostram o momento em que ele acelera e joga o carro em cima dos jovens. Sobre pegar outra rua para evitar o atropelamento, ele afirmou: “Se soubesse que iria haver uma agressão pior, poderia ter feito isso antes”.
Depois de atropelar os ciclistas, Neis fugiu sem prestar socorro às vítimas. Ele foi preso e denunciado por 17 tentativas de homicídio e chegou a ficar quase um mês preso.
Segundo o Ministério Público, Ricardo Neis tem um histórico de infrações no trânsito. São cinco multas. Entre elas, por dirigir na calçada e ultrapassar na contramão. Na vida pessoal, Ricardo foi acusado de tentar agredir a ex-namorada com uma machadinha e um facão, dentro do carro, em junho do ano passado.
Fonte: Globo
Assista o vídeo em que o atropelador concede entrevista ao fantástico em abril de 2011:
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